Considerada como uma infecção viral aguda que atinge crianças e adultos, a caxumba é uma doença contagiosa que pode atingir qualquer glândula e sistema nervoso do corpo humano, causando sintomas como febre, calafrios, dores de cabeça, musculares, fraqueza, além de mastigar ou engolir. Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) mostram que somente neste ano, no Tocantins, foram confirmados 77 casos da doença e nenhum óbito.
“A caxumba tem como principal característica nos pacientes, o aumento das glândulas salivares próximas aos ouvidos, que fazem o rosto inchar e por isso, é importante que todos os tocantinenses estejam atentos aos hábitos de prevenção (lavar mãos, não compartilhar talheres, objetos pessoais, uso de máscara e vacinação)”, relatou a enfermeira da área técnica da gerência de imunização da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), Kesia Santos.
A profissional acrescentou que, “temos atuado continuamente na orientação aos municípios quanto às ações de prevenção contra doença, analisando os dados do público mais suscetível para o contágio a doença, seja por meio de cards informativos e investigação sobre possíveis surtos da doença, para que os gestores adotem as medidas de controle”.
Vacinação
A vacinação é a única maneira de prevenir a caxumba. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta gratuitamente os imunizantes Tríplice Viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, e Treta Viral, que adiciona a proteção contra varicela (catapora). Adultos que não foram infectados pelo vírus da caxumba na infância ou na adolescência têm indicação de ser imunizados, com exceção de gestantes e imunodeprimidos graves.
“A caxumba é uma doença imunoprevenível, ou seja, é uma doença que é protegida por uma vacina que está disponível não só no calendário infantil (aos 12 meses de idade e aos 15 meses de idade), mas também no calendário adulto, a partir de 20 anos de idade até os 59 anos de idade. Então o adulto também pode se vacinar contra a caxumba, tomando a tríplice viral, que também protege contra o sarampo e a rubéola”, disse a gerente de Imunização da SES-TO, Diandra Sena.
Tratamento
O tratamento da caxumba é baseado nos sintomas clínicos do paciente, com adequação da hidratação e alimentação, já que esses pacientes aceitam maus alimentos ácidos, que podem ocasionar dor, náuseas e até vômitos. Além disso, a boa higiene bucal é fundamental.
Por ser uma infecção viral, a caxumba é tratada naturalmente pelo organismo. A indicação é apenas de repouso, medicamentos para dor e temperatura e observação cuidadosa para a possibilidade de aparecimento de complicações. Felizmente, a maioria dos casos de caxumba tem recuperação natural e progressiva, sem grandes complicações, em até duas semanas. O médico deve ser sempre consultado em caso de dúvidas ou surgimento de outros sintomas.